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segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

O Penúltimo "Arriba México"

A última vitória de um mexicano na F1 antes de Checo Pérez teve alguns marcos e curiosidades interessantes.


GP da Bélgica de 1970. Pedro Rodríguez, guiando para a extinta equipe inglesa BRM, venceu. Mas não era o Spa que vocês estão acostumados a ver. Não senhor.

Esta foi a última corrida no traçado antigo, Spa só voltaria ao calendário em 1983 já na configuração atual. O Spa antigo era um circuito de estrada monstro de 14 km (!!!), quase tudo reta, insanamente perigoso. Só não era mais longo que Nurburgring. O tempo da pole foi de 3 minutos e 28 segundos, a uma velocidade média (eu disse média) de 244 km/h, alta até para os padrões atuais. De certa maneira, era um anti-Sakhir.

E antes que vocês se perguntem: não, Rodríguez não foi campeão em 1969. Na época os organizadores de cada corrida numeravam os carros do jeito que lhe desse na telha. Já havia a tradição do campeão do ano anterior usar o número 1, mas ela não era respeitada 100% das vezes. Talvez a BRM tenha aparecido primeiro no balcão pra preencher a ficha de inscrição, sei lá. A FIA só foi organizar esse bundalelê específico em 1973.

Atrás dele, Chris Amon, guiando March (mesmo carro do pole Jackie Stewart), chegou em segundo bem perto de Rodríguez. Amon é uma história à parte. A especialidade dele era bater na trave. Digamos que, em Sakhir, George Russell teve um momento Chris Amon clássico e vamos parar por aqui.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Assegure Seu Futuro

Da série "frases que eu lia quando tinha sete anos e que soavam como servo-croata arcaico para mim". Anúncio numa revista Mickey de outubro de 1972.

Pode-se dizer que era o Pronatec da época. Com direito a machismo e mesóclise. :-P


domingo, 18 de agosto de 2013

O Mago da Velocidade

Da série "coisas que a gente viu uma vez quando criança, nunca mais viu mas nunca esqueceu e uma hora deu a telha de googlar".

The Wizard of Speed and Time é um curta amador feito em stop-motion em 1979. Mais tarde, o criador fez a partir dele um longa-metragem, ao estilo do A Última Loucura de Mel Brooks. O longa pode ser visto aqui.

O curta passou no Fantástico na época, lembrei-me dele aleatoriamente, e resolvi pesquisar "wizard running fast banana peel". Tcha-rã!


sábado, 30 de março de 2013

Da série "Músicas que a Gente Achava que Só Existiam na Nossa Cabeça"

Este mela-cueca tocava direto nas festinhas de fins dos anos 70, e passei anos décadas sem conseguir achar qual era o nome do artista. Pesquisas por "Carousel" com outras palavras chave relacionadas a música não levavam a nada. Até que me dei conta que havia duas palavras no refrão que eu conseguia me lembrar: "too well". Batata. Uma googlada fatal e achei. O nome do cantor é Phil Trainer.

 

terça-feira, 16 de outubro de 2012

A strange auction. The only winning move is not to bid.

Que tal um computador igual ao usado pelo personagem de Matthew Broderick para hackear o Pentágono no filme WarGames, completinho da silva? À venda no eBay. E eles entregam no Brasil, pela pechincha de mil doletas! Tá de graça! =P



Meu chapa Jecel Assumpção Jr., que entende do riscado, dá o serviço completo:
O módulo azul é o computador em si - todo o resto são periféricos opcionais. Dentro do computador tem um barramento do tipo S-100 e uma enorme fonte de alimentação. A configuração mínima é com uma placa de processador (originalmente 8080, mas depois o Z80 ficou mais popular) que normalmente incluia um pouco de memória RAM (uns 256 bytes, por exemplo).

Para fazer qualquer coisa com esta configuração mínima, você tem que colocar um programa na RAM depois de ligar a máquina. Isso é feito pelo painel frontal, que tem as chaves que você mencionou e um monte de luzinhas. Você coloca o endereço desejado em algumas das chaves (em binário!!!) e o dado em outras e aperta um botão "grava" para escrever na memória. Você também pode ler qualquer posição de memória e executar programas passo a passo ou em velocidade normal. Ou seja: o painel frontal é uma implementação em hardware do "debug" do DOS.

Mesmo quem começou com uma configuração mínima logo comprou mais placas de expansão. Uma placa com um programa de boot em ROM combinado com um controlador de discos, por exemplo, torna desnecessário todo o trabalho que descrevi acima. Umas placas de expansão de RAM são necessáŕias para rodar programas sérios. O CP/M precisa de pelo menos 20KB, por exemplo. Uma placa de porta serial pode ser ligada a um terminal, e ai a entrada e saída passa a ser texto normal e não números binários. Uma alternativa é uma placa de vídeo interna, como nos PCs modernos.
A propósito: Não se fazem mais teclados como esse. :(

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Lembram da Reserva de Mercado em Informática?

Basileu Xilóforo, que sabe das coisas, lembra. O texto não foi tirado do blog dele, e sim do Orkut. Como textos em comunidades do Orkut são, digamos, voláteis, estou preservando as considerações do nobre colega aqui:
Como o assunto tem muitos antecedentes, conseqüências e ramificações, vou começar pela observação postada pelo recente “visitante”, deixando o resto para possíveis perguntas.
Fernando Collor, por exemplo - apesar de ter feito muitas coisas maravilhosas por nosso país, como acabar com o protecionismo no mercado de informática, que me permite usar um computador Core 2 Duo, em vez de um COBRA 0,5 microprocessador
A frase, mesmo curta, contém vários enganos gritantes. Para começar, relembra um argumento comum do PIG da época, usado para sensibilizar a classe média: o de que os microcomputadores vendidos no Brasil eram caros por causa da reserva de mercado, e deixaram de sê-lo quando Collor “acabou com a reserva”. Uma década depois, argumento similar seria usado para justificar a privatização das empresas de telecomunicações, procurando-se convencer o público de que os telefones, principalmente os celulares, eram poucos e caros porque as empresas do setor eram estatais.

Para começar, reserva de mercado e protecionismo não são a mesma coisa. O protecionismo existiu durante muito tempo para a maioria dos setores industriais, principalmente na forma de elevados impostos de importação e, em alguns casos, de proibição pura simples de importação de determinados produtos. A finalidade dele, em parte, era proteger indústrias instaladas no Brasil, mesmo em setores que eram praticamente dominados por multinacionais, como os setores automobilístico e eletro-eletrônico. Uma conseqüência positiva era a preservação do emprego nesses setores, mas, como sempre acontece, a conta era paga pelo consumidor, na forma de produtos mais caros do que os equivalentes alhures. Em parte, por outro lado, o protecionismo, contribuindo para reprimir as importações, ajudava a equilibrar as contas externas.

A principal ação do governo Collor, quanto a isso, foi baixar os impostos de importação, na maioria das áreas. O objetivo era combater a inflação, que se tinha tornado um problema maior que o desequilíbrio das contas externas. Quanto a estas, a aposta do governo Collor foi que não se desequilibrariam ainda mais, com a demanda por importações sendo limitada pela recessão trazida pelo Plano Collor. De fato, a dívida externa não disparou, mas a inflação também não foi contida.

A reserva de mercado em Informática ia além do protecionismo convencional. O conceito era de que não bastava proteger a indústria instalada no Brasil, mas era preciso proteger especialmente a tecnologia nacional, abrindo empregos não apenas de mão-de-obra operária, mas também ampliando as oportunidades para a engenharia nacional. Quando a reserva foi implantada, no início do governo Geisel, procurou-se aproveitar as lições aprendidas com sucessos então recentes nos setores de aeronáutica e telecomunicações (assuntos que também são interessantes, mas em que não vou me alongar no momento).

O agente inicial da reserva era a CAPRE, antecessor remoto da atual SEPIN (Secretaria de Política de Informática), hoje no MCT, mas, naquela época, no Ministério do Planejamento. Além das taxas de importação, que existiam para todos os setores da economia, a CAPRE devia aprovar as importações de bens de Informática e, para isso, estabeleceu regras que, em alguns setores, não permitiam a concorrência de produtos importados com aqueles produzidos no Brasil. Além nisso, nesses setores, as indústrias protegidas não eram aquelas simplesmente instaladas no Brasil, mas aquelas com controle de capital nacional. Os insumos, como placas e componentes, também deveriam ter a importação aprovada pela CAPRE.

A reserva funcionava de maneiras diferentes para diferentes setores. Os computadores de grande porte (mainframes) não estavam incluídos, e continuaram a ser vendidos normalmente. O setor onde ela teve mais repercussão foi o de minicomputadores, que, naquela época, ocupavam o espaço atual dos servidores de médio porte (considerando-se que as redes, na época, eram rudimentares). Nesse, além da reserva para empresas de controle nacional, a CAPRE controlava os contratos de transferência de tecnologia. A COBRA, empresa de controle estatal, foi autorizada a contratar tecnologia inglesa para computadores de controle de processos, destinados inicialmente a uso militar, e desenvolveu uma linha de computadores de uso comercial, baseada em tecnologia desenvolvida em universidades (o hardware na Poli-USP e o software na Informática da PUC do Rio). Três empresas privadas foram autorizadas a licenciarem tecnologia estrangeira. Note-se que essa categoria de computadores estava, em qualquer parte do mundo, acima da faixa de preço dos computadores pessoais, e era usada por empresas.

O caso dos microcomputadores era outro (lembrando, a propósito, que microprocessador é apenas o componente principal, não só dos microcomputadores, mas também de controladores embutidos, isto é, usados dentro de outros equipamentos e sistemas de qualquer natureza). Durante os anos 70, principalmente a partir da segunda metade, os microcomputadores de uso pessoal usavam microprocessadores de 8 bits, como os antigos Apple, Atari e Amiga. A montagem de um microcomputador desses estava ao alcance do hobbista individual, e, de fato, no Brasil como no resto do mundo, alguns desses hobbistas acabaram fundando empresas fabricantes de microcomputadores. Já nos anos 80 os microcomputadores de 16 bits passaram a dominar tanto o mercado de uso pessoal como parte do mercado de uso profissional. A restrição principal que a reserva de mercado impunha era de que esse setor era reservado para empresas de controle nacional, mas, não havendo necessidade de licenciamento de tecnologia de hardware, podia entrar no mercado qualquer empresa que satisfizesse a essa restrição. E, de fato, em poucos anos um número considerável de empresas nacionais entrou nesse segmento.

Os preços relativamente elevados em relação ao mercado internacional, no setor de microcomputadores, portanto, não decorriam de falta de competição no setor, mas do protecionismo que vigorava também em muitos outros setores, como o automobilístico, aberto às multinacionais e que, por sinal, recebeu alguns dos impropérios mais ruidosos do Collor. Decorriam, principalmente, das elevadas taxas de importação sobre os insumos do setor.

Quando Collor reduziu as taxas de importação e eliminou a reserva para empresas de controle nacional, já enfraquecida no governo Sarney, ela já tinha cumprido boa parte de seus objetivos de fortalecer a tecnologia nacional da área. Tanto é assim, que algumas das empresas que se desenvolveram à sombra da reserva continuam bem, obrigado. A COBRA, hoje controlada pelo Banco do Brasil, continua ativa. Meu laptop atual é da Itautec, uma das líderes do mercado de microcomputadores na época da reserva. Algumas empresas dos setores de sistemas embutidos, como controladores de sistemas de telecomunicações e de automação industrial, para as quais a reserva foi essencial inicialmente, sofreram mais com outros problemas de economia do que propriamente com o fim da reserva, nos anos 90. Algumas se associaram com multinacionais, mas o desenvolvimento de tecnologia no Brasil continua. As próprias multinacionais da área, como a Google e a IBM, passaram a ter divisões importantes de desenvolvimento no Brasil, coisa que não acontecia antes da reserva.

E esse sempre foi, pelo menos no entendimento de quem participou desse processo como integrante da comunidade acadêmica, o objetivo da reserva de mercado: abrir um espaço para a tecnologia, ou seja, para a inteligência nacional. O espaço para o capital nacional foi apenas um meio, não um fim.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

O Ápice Retro-Orgásmico da Tosqueira Nerd Saudosista

Muito bem, a idéia é a seguinte: pega-se o roteiro de Star Wars (o original, de 1977) e divide-se-o em cenas de 15 segundos. Sim, 15 segundos. Deve dar umas 400 cenas ou mais. Aí, cada cena é "refilmada" por um anônimo da Internet. Depois eles juntam tudo. Viagem de ácido é pinto.

Mais informações aqui.

Segue o trailer. Eu simplesmente não tenho mais palavras.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Lego? Que Lego?

Com vocês, o melhor brinquedo de armar que já existiu: o Hering-Rasti.

Crédito ao Alfredo Manhães do blog Meus Brinquedos Antigos que também dá a seguinte dica: esse brinquedo continua sendo fabricado. Na Argentina.


domingo, 4 de outubro de 2009

A Formiga e o Tamanduá

Dos criadores dos desenhos da Pantera Cor-de-Rosa e do Inspetor. Se não me falha a memória, passava na Tupi no meio dos anos 70 junto com outros da mesma safra como Bom-Bom e Mau-Mau.

Não tem pinta de ser a dublagem original. Andou passando no Boomerang, antes deste ter sido assassinado por uma horda de seriadinhos adolescentes imbecis. Que Deus o tenha.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Biblioteca das Crianças

Da série coisas-improváveis-que-a-gente-acha-num-sebo:

Nos anos de 1973 e 1974 (ou seja, quando eu tinha de 7 a 9 anos), a Abril publicou estes livros de ciência/tecnologia/natureza para crianças. Tradução de uma série inglesa. Teve participação substancial na minha transformação de criança normal em maluco esquisito nerd cdf quatro-olho geek.

































sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Um Dois Três Quatro Cinco Seis Sete Oito Nove Dez

1972. Vila Sésamo estréia no Brasil. Prova de que programas infantis educativos e psicodelismo delirante não são incompatíveis.

De todos os quadros do programa, o meu favorito era o chamado Jazzy Spies, vinhetas sobre os números de 2 a 10. Com vocês, o número 3:



Infelizmente, a dublagem brasileira original não se encontra em lugar nenhum. Possivelmente se perdeu nos vários incêndios que ocorreram em emissoras de TV na época.