X68000 em ação. Veja e babe. Para saber mais sobre essa máquina de sonho, clique aqui.
Aviso aos mais sensíveis: linguajar impróprio para menores é proferido neste vídeo.
Multitasker or Many Monotaskers?
Há 2 horas
Esta árvore (N.T.: versão) remove o suporte a CPUs 386 arcaicas e portanto elimina um bom monte de complexidade (...) que por anos foi uma praga a cada vez que quisemos mudar as primitivas de SMP. (N.T.: Multiprocessamento simétrico, vulgo vários cores.)
Infelizmente há um custo nostálgico: seu velho 386DX33 original de 1991 não poderá mais dar boot em kernels de Linux modernos. Snif.
Não sou sentimental. Já vai tarde.
Em 1951 o Harwell Dekatron era um de, talvez, uma dúzia de computadores no mundo, e desde então ele tem vivido uma vida boa, sobreviveu intacto enquanto seus contemporâneos eram reciclados ou destruídos. Sendo o mais antigo computador digital do mundo ainda em funcionamento, ele oferece um fantástico contraste com a reconstrução do nosso Colossus do tempo da guerra (N. do T.: é um daqueles com o qual o Turing hackeou os nazistas), que foi o primeiro computador eletrônico semi-programável.
A restauração foi um grande desafio, precisamos trabalhar com válvulas, relés e leitores de fita de papel que são raramente vistos hoje em dia e certamente não se encontram em computadores modernos. Os membros mais velhos da equipe tiveram que tirar a poeira de velhas habilidades; os mais jovens tiveram que aprender do zero.
As Águas
Começou numa banheira na península do lago, em Brasília.
Uma senhora do primeiro escalão enchera uma banheira para um banho de espumas - era véspera de feriado nacional - e, quando fechou a torneira, a água não parou de jorrar. Quando o bombeiro chegou a água já alagara o banheiro e o quarto do ministro. E continuou a jorrar, apesar de todas as frenéticas providências do bombeiro. Invadiu a parte social do casarão. Empapou os carpetes. Passou para a rua. Correu para o lago.
O ministro só ficou sabendo quando chegou em casa e viu sua poltrona predileta, seus chinelos e seu cachorro boiando no jardim.
O que estava acontecendo?
* * *
No segundo dia, enquanto a água ainda jorrava misteriosamente da torneira do ministro, num apartamento de Brasília alguém pediu um pouco de água de sifão no seu uísque. O mordomo apertou a válvula do sifão. Saiu um jato tão forte que derrubou o copo de uísque. O sifão pulou da mão do mordomo.
Não parava mais de jorrar água do sifão. O sifão rodopiava no chão como um buscapé, espirrando água para todos os lados. As pessoas tiveram que fugir do apartamento alagado.E a água foi atrás. Escorreu pelas escadas. Ganhou a rua. Dirigiu-se, como um rio, para o lago. E o sifão rodopiando, expelindo água. Galões e galões de água gaseificada saíam da pequena garrafa.
Inexplicavelmente.
* * *
No terceiro dia, em outra casa da península do lago - enquanto a primeira torneira ainda jorrava e o sifão ainda cuspia água para todos os lados - as pessoas notaram que as paredes começavam a ruir. Primeiro foi só a umidade, coisa rara em Brasília. Depois gotas. Finalmente, torrentes de água descendo pelas paredes. A água acumulava-se no chão, corria para a rua, depois para o lago. Em pouco tempo a própria casa - uma mansão, embora do segundo escalão - foi erguida das suas fundações pelas águas e carregada para o lago, sob o olhar atônito dos seus ocupantes.
E ninguém sabia por quê.
* * *
No quarto dia - enquanto a torneira jorrava e o sifão rodopiava e das fundações da terceira casa brotava água aos borbotões - a notícia já se espalhara por todo o país e as explicações apareceram. Era óbvio que Brasília fora construída sobre um insuspeitado lençol de água que, por alguma razão, começava a aflorar. Mas como se explicava o sifão? E a torneira que continuava a jorrar mesmo sem água nos canos? E por que foi que naquele quarto dia a própria caixa d'água do Palácio começou a vazar, e a água a escorrer pelas paredes executivas, e a correr para a rua, e para o lago?
Ninguém sabia por quê. E veio o pânico.
* * *
No quinto dia - a torneira jorrando, o sifão golfando, a vertente borbotando, a caixa d'água transbordando - havia terror em Brasília. Ninguém ousava tomar banho ou abrir uma torneira ou uma garrafa. As autoridades advertiam: ninguém toque em água até que tudo se esclareça. Ninguém faça buracos no chão. Ninguém assoe o nariz. Ninguém urine. Ninguém... Mas um jardineiro, que não sabia de nada, foi visto encaminhando-se para a chave que fazia funcionar os dezessete "sprinklers" que regavam um gramado ministerial.
Antes que pudesse ser detido - "Meu Deus, segurem ele!" - acionou a chave.
E dezessete vulcões de água eruptiram no chão de Brasília. E as águas correram para o lago.
* * *
- Sete Quedas... - disse alguém sombriamente, no aeroporto, esperando uma desistência num dos vôos lotados que partiam para lugares mais secos.
- Como, Sete Quedas?
- Você não vê? O lago está subindo. Recebe água de cinco novas vertentes. Uma por dia. Faltam duas. Em uma semana o lago cobrirá Brasília. Como o lago de Itaipu cobriu as Sete Quedas.
- Bobagem.
- Retribuição...
E foi ver se seu nome estava mesmo na lista de espera.
* * *
No sexto dia, do centro da Catedral, como de um poço de petróleo, saiu um jorro de água que subiu quinhentos metros. Começou a evacuação da cidade.
* * *
Um profeta passeia de caiaque por entre as antenas de televisão, na peninsula submersa.
- Limpem, águas. Limpem tudo. Lavem a alma da república!
E as águas subindo.
* * *
No sétimo dia correram lágrimas dos olhos de bronze do Juscelino. Era a sétima vertente. Em pouco tempo o lago cobriu tudo. Equipes de salvamento ainda tentaram resgatar alguma coisa da fauna do lugar que não fugira a tempo. Um repórter político e um lobista foram encontrados agarrados ao corpo inchado de um cavalo que flutuava, e salvos. O chapéu do Brossard desapareceu num redemoinho.
* * *
Só os dois edifícios do Congresso ficaram de fora, como as chaminés de um navio afundado.
O módulo azul é o computador em si - todo o resto são periféricos opcionais. Dentro do computador tem um barramento do tipo S-100 e uma enorme fonte de alimentação. A configuração mínima é com uma placa de processador (originalmente 8080, mas depois o Z80 ficou mais popular) que normalmente incluia um pouco de memória RAM (uns 256 bytes, por exemplo).A propósito: Não se fazem mais teclados como esse. :(
Para fazer qualquer coisa com esta configuração mínima, você tem que colocar um programa na RAM depois de ligar a máquina. Isso é feito pelo painel frontal, que tem as chaves que você mencionou e um monte de luzinhas. Você coloca o endereço desejado em algumas das chaves (em binário!!!) e o dado em outras e aperta um botão "grava" para escrever na memória. Você também pode ler qualquer posição de memória e executar programas passo a passo ou em velocidade normal. Ou seja: o painel frontal é uma implementação em hardware do "debug" do DOS.
Mesmo quem começou com uma configuração mínima logo comprou mais placas de expansão. Uma placa com um programa de boot em ROM combinado com um controlador de discos, por exemplo, torna desnecessário todo o trabalho que descrevi acima. Umas placas de expansão de RAM são necessáŕias para rodar programas sérios. O CP/M precisa de pelo menos 20KB, por exemplo. Uma placa de porta serial pode ser ligada a um terminal, e ai a entrada e saída passa a ser texto normal e não números binários. Uma alternativa é uma placa de vídeo interna, como nos PCs modernos.
Oi, pessoal.
Agora que o terceiro e último vídeo foi publicado, fechando a série, eu gostaria de responder a alguns comentários e perguntas da lista.
A idéia de fazer esta série de vídeos foi oferecida pelo Grupo de Mídia Social da Radio Shack, depois que eu contactei Jerry Heep (o engenheiro nos vídeos) sobre a possibilidade de entrevistá-lo para o livro. Jerry teve que passar pelo departamento de Relações Públicas da RS e, para crédito deles, não só me permitiram o acesso ao Jerry, mas me ofereceram acesso ao repositório de documentação em Fort Worth. (Local da sede da Radio Shack.) Logo depois, deram a idéia dos vídeos para o YouTube. Fiquei sinceramente chocado pelo nível de cooperação e entusiasmo. Isto não só é excelente divulgação para o livro, mas também um grande estímulo para a comunidade CoCo.
Marcamos a minha viagem para Fort Worth, onde fizemos a filmagem e passei um tempo com o Jerry e outros engenheiros da Radio Shack. Gravamos mais de duas horas de vídeo do Jerry e eu simplesmente batendo papo, num estúdio improvisado com lâmpadas quentes, câmeras profissionais, serviço completo. Depois do almoço, ficamos no laboratório do Jerry pelo resto do dia.
Houve alguns comentários sobre o conteúdo do vídeo. Sobre o livro do Frank (Swygert, "Tandy's Little Wonder", 1991): eu me expressei sem pensar; não foi da melhor maneira, mas eu não quis menosprezar seu trabalho. Estávamos tendo uma conversa de rumo aleatório e, sinceramente, é uma experiência nova estar nessa situação, tendo cada palavra que você diz registrada. Enviei ao Frank uma mensagem privada me explicando, e ele respondeu camaradamente.
Jerry Heep falou bastante mas, por algum motivo, quem editou o vídeo decidiu colocar a maior parte do blablablá dos meus trechos. Não tive nenhum poder de decisão quanto a isso. A edição foi feita pela equipe de Mídia Social, eu eu não fazia idéia de como o resultado final sairia até dias antes do vídeo ser publicado no YouTube.
A propósito, Jerry é um cara fantástico. Ele participou do projeto do Color Computer, embora não como líder. Mais detalhes no livro.
Enorme crédito para a Radio Shack. Foi algo grande, reconhecendo o papel deles no produto que venderam, e fazendo isso também reconheceram as pessoas (vocês) que fizeram do Color Computer o sucesso que ele foi. No fim do vídeo, eles inclusive pedem memórias e histórias no Twitter deles usando a hashtag #RSCOCO. Eu encorajo vocês a participar desse diálogo, já que isso mostra que havia, e ainda há, interesse no CoCo.
Estejam certos: estou mantendo contato com a Radio Shack, e eles estão prestando atenção. Eles estão observando as estatísticas dos vídeos para ver quantas pessoas estão assistindo. E não para por aí. Daqui a pouco, eles começarão a promover esta série no Facebook e Twitter, bem como na newsletter deles.
Nunca se sabe que coisas interessantes surgirão disto.